A vida continua...

Às vezes parece que certos fantasmas nunca sairão das nossas vidas, passe o tempo que passar, aconteça o que acontecer, eles sempre estarão lá escondidinho em meio as nossas fraquezas e reaparecerão de vez em quando para nos causar medo. Não adianta querer fugir, pois eles sempre surgem na hora que menos esperamos com o objetivo de nos deixarem paralisados, sem perspectivas, sem vontade de sonhar e sem forças para construir... A única forma de eliminarmos esses fantasmas é encontrando outros ainda maiores que possam superá-los. Eles entram nas nossas vidas junto com aquelas pessoas adoráveis, com aqueles momentos inesquecíveis e com aquelas decepções intensas. Eles são as lembranças que foram boas e nos fizeram feliz, mas agora só causam um incômodo no coração...
Mas chega um momento em que entendemos que já não vale a pena viver focados em nossas frustrações. Precisamos sacudir o pó, enxugar as lágrimas, abrir a janela, deixar o sol entrar, juntar o que restou e seguir em busca de um lugar para reconstruir tudo. Temos que ampliar os nossos horizontes e abrir caminhos ao invés de ficarmos a vida inteira teimando e batendo a cabeça no mesmo lugar. A vida é uma constante busca pela felicidade, uma incansável procura pela perfeição. Devemos estar prontos para aguentar todos os empurrões que nos forem dados e nunca esquecermos de levantar, nunca nos acomodarmos com as situações adversas, nunca deixarmos o medo nos vencer. Sei o quanto é difícil superar essa fase, essa mudança, a falta de convivência, da presença constante, do carinho, do toque, beijo... Mas também não podemos nos deixar levar por medo, insegurança, palavras... Tente se encontrar, se preenche como bem se entende... Pense no que você quer recordar? O que você quer viver nos próximos anos? Vá em frente. Você consegue!
Observei você escutando uma música, talvez a favorita... E, talvez lembrando onde realmente queria estar. Já passei por isso milhares de vezes. Mas eu cansei!
Fui embora sem saber se sentiria saudades, sem saber se deixaria saudades, cansei de regar minha árvore... Não sei se ela deu conta que foi o cansaço que me afastou. Tempos depois percebi que eu é que precisava ser regada!