amor!!!

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

"Sem explicação esse amor"

Quando elas nasceram foi que de fato senti o que tantos autores chamam de vínculo mãe-bebê, de amor fundamental, de instinto materno. Virei bicho. Queria ficar grudada todo o tempo. Só que não tinha ideia do quão exaustiva era a rotina da mãe polvo. A gente ouve as mães falarem sobre o trabalho que um bebê dá, sobre as noites em claro, sobre o cansaço físico. Mas, a realidade mesmo, o cansaço que te desorienta, você só conhece vivendo os famosos dias... meses... anos. Inicio de mês é sempre uma loucura, hora de pagar as despesas, contas de farmácia, supermercado, escolinha, e outras tantas coisitas mais. Principalmente, quando não se tem o devido apoio do "Pai", ou seja: Além de ter que arcar com todas essas despesas, tenho que lidar com o cansaço fisico e emocional que isso gera em minha vida.


Falar desse período é no mínimo contraditório, porque enquanto eu sinto a tal plenitude que a maternidade nos dá, sinto também um desespero avassalador. Confesso ter sentido, sim, vontade de sair correndo e de sumir no mundo. Várias vezes. Confesso ter chorado de desespero e de dor nos olhos por falta de sono. Confesso ter sentido um medo tão grande de perder aquele ser tão frágil, tão pequenino que só de lembrar da sensação me falta o ar. Sem exagero. Ainda sinto.
É um turbilhão de emoções, as vezes me revolto por essa carga tão pesada? As vezes me sinto um E.T. e uma péssima mãe por deixar esses pensamentos ocuparem a minha mente.
O que eu não sabia, é que esse turbilhão passa. Principalmente quando você acorda sendo beijada pelas duas, dizendo: Mamãe te amo até no coração, quando elas percebem suas lágrimas descendo e vem com aquelas mágicas mãozinhas -

Tá triste mamãe?... E lhe dá um beijo sincero que conforta até a alma...

Os medos não desaparecem, não, mas encontram seus devidos lugares. As dúvidas, ah...as dúvidas. Essas continuam, mas aprendemos a lidar com elas de um jeito menos atrapalhado. O cansaço que enlouquece dá espaço a um cansaço relativizado, acomodado à sua nova vida. E o amor por aquelas criaturinhas que veio de ti, de tão grande e tão maravilhoso, encobre tudo isso com uma camada tão espessa, tão espessa que só você consegue saber o que um dia existiu ali.
Hoje eu sei que a maternidade foi a coisa mais maravilhosa que poderia ter acontecido comigo. Sei também que não é fácil e cor-de-rosa como muitos pregam por aí. De todo modo, entre todas essas cores, do branco ao negro, fico com o rosa. O "rosa" que me deu o maior amor que já pude sentir na vida... Laura e Júlia!!!

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